Caminhadas, palestras, balões amarelos, pontos turísticos e edifícios públicos iluminados, distribuição de folhetos e atendimentos em locais públicos: estas são algumas das ações que ocorrem mundialmente no mês de setembro, com o objetivo de chamar atenção para a prevenção do suicídio e trazer à tona esta temática que muitas vezes é vista como tabu.

No Brasil, a campanha Setembro Amarelo existe desde 2014. Trata-se de uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), em parceria com a Associação Brasileira de Psiquiatria e o Conselho Federal de Medicina.

O CVV é uma organização não governamental que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias. Quem quiser conhecer melhor o trabalho, pode acessar este link.

Importância de conversar

De acordo com o material “Falando abertamente sobre suicídio”, disponível no site do CVV, uma média de 32 brasileiros morrem por suicídio a cada dia. E 17% dos brasileiros já pensaram, em algum momento, dar fim à própria vida. Dados preocupantes que reforçam a importância da conversa e da prevenção. Afinal, a mesma publicação afirma que 90% dos suicídios podem ser prevenidos.

A faixa etária entre 15 e 25 anos é a que mais preocupa no país, por isso a orientação é que a prevenção tenha início ainda na infância, inclusive com a participação das escolas e demais instituições educacionais que os jovens frequentam ao longo de sua formação. É de suma importância que as instituições que trabalham com pessoas dessa faixa etária criem espaços de escuta e de aconselhamento.

A Faculdade Vicentina, por exemplo, disponibiliza para os alunos um horário semanal de atendimento psicopedagógico, para tratar de questões relacionadas à trajetória acadêmica, mas que também pode ser uma oportunidade de escuta e diálogo.