O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revelou os resultados da avaliação da qualidade do ensino superior no Brasil nesta terça-feira (2). A métrica principal utilizada para essa avaliação é o Conceito Preliminar de Curso (CPC), que atribui notas de 1 a 5, sendo 1 e 2 consideradas insatisfatórias e 5 a nota máxima.

Os critérios para a concessão dessas notas envolvem diversos aspectos, como o desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), a qualificação dos docentes e os recursos disponíveis nas instituições, como laboratórios. Além disso, a opinião dos próprios estudantes, obtida durante a realização do Enade, também é levada em consideração.

No ano de 2022, foram analisados 26 cursos de bacharelado e tecnológicos, predominantemente nas áreas de gestão e ciências sociais e humanas, como direito, psicologia e relações internacionais. Os resultados apontaram que, dos 7,2 mil cursos presenciais avaliados, as notas foram mais elevadas em comparação aos cerca de 1,7 mil cursos à distância. Contudo, os cursos presenciais apresentaram uma taxa de reprovação superior, registrando 10% contra 8,1% dos cursos à distância.

Rodrigo Capelato, representante das instituições de ensino superior privadas, explicou que essa disparidade pode ser atribuída ao maior número de alunos matriculados no ensino à distância em comparação com o ensino presencial.

Além do CPC, o Ministério da Educação (MEC) também utilizou o Índice Geral de Cursos (IGC) para avaliar a qualidade das instituições de ensino superior, considerando dados de três anos. Os resultados mostram uma diferença significativa entre as universidades públicas federais e as instituições privadas.

Destaca-se ainda que a Faculdade Vicentina recebeu a nota 4 na avaliação, demonstrando um desempenho satisfatório. Em termos gerais, 85% das universidades públicas federais obtiveram notas 4 ou 5, enquanto apenas 21% das instituições privadas com fins lucrativos alcançaram o mesmo resultado. Apenas 2,7% das instituições de ensino superior alcançaram a nota máxima.

Rodrigo Capelato observou uma evolução no sistema de ensino superior, tanto no setor público quanto no privado, ressaltando também a melhora no desempenho dos estudantes no Enade ao longo do tempo. [Fonte: G1]